A cidade de Montreal é a segunda maior do Canadá e a principal cidade da província do Quebec, além de ser a segunda maior cidade do mundo – depois de Paris – em número de população francófona.
Apesar do francês ser a língua oficial, a população é em sua maioria bilingue, cerca de 60% é capaz de se comunicar muito bem em inglês e francês.
- Moeda: Dólar Canadense
- Idioma: Francês e Inglês
- Necessita vacina? Não
- Visto: Sim
- Carro de aplicativo: Sim
- Fuso horário: UTC -5 (2h a menos que o horário de Brasília)
- LGBTQIA+ friendly: Sim
Os primeiros registros europeus da cidade datam de 1535 e desde então tornou-se um importante ponto de comércio e desenvolvimento cultural.
Montreal
Como chegar em Montreal
A Air Canada inaugurou a rota São Paulo (GRU) – Montreal (YUL) em final de 2019, com uma frequência menor do que a principal da companhia que é GRU – YYZ (Toronto). Porém a cidade é muito bem servida de voos dos EUA que também podem ser um bom ponto de partida.
Como solicitar Visto para o Canadá?
O Canadá é um dos países que possuem a exigência de visto de turismo para brasileiros.
Para quem já possui o visto americano, a solicitação é toda online, faz o pagamento de uma taxa e recebe por email a confirmação do visto – sem entrevistas.
Para quem não possui o visto americano é necessário fazer o encaminhamento de todos os documentos para serem analisados via consulado. As entrevistas não são indicadas para todos, ou seja, você pode fazer o envio de todos os seus documentos online depois enviar seu passaporte por correio e eles te devolvem com o visto. Em alguns casos eles entrarão em contato para que a entrevista seja agendada. O processo leva em torno de 15 dias. A taxa é de 100 dólares canadenses.
Veja todas as informações no site oficial do consulado.
Do Aeroporto ao Centro de Montreal
Apesar do metrô de Montreal ser famoso por ter várias partes interligadas e formar um verdadeiro shopping subterrâneo (RÉSO) não há linhas que unem o aeroporto ao centro da cidade. Sendo assim, as opções são ônibus, táxis, Uber e transferes privados.
Nós optamos pelo Uber e sem dúvida indicamos pela facilidade.
Qual a melhor época para visitar Montreal
Montreal possui estações bem definidas, com verões quentes e invernos gelados e nevados.
Dependendo do intuito da viagem, a cidade oferece boas opções o ano todo. Sempre lembrando que em épocas de temperatura mais quente e menos chuva é que conseguimos explorar mais a cidade.
Quanto tempo ficar em Montreal
A variedade de atrações é grande porém a cidade dificilmente é o destino único dos viajantes, por isso, acredito que em 3 dias inteiros se consiga ter uma boa ideia das belezas locais.
Onde se hospedar em Montreal
As duas principais regiões da cidade – do ponto de vista turístico – são a Vieux-Montréal (Velha Montreal) e o Downtown (Centro).
A parte antiga da cidade é muito charmosa de ficar pois tudo é próximo e fácil de fazer a pé. Já a vantagem do centro é a proximidade com as estações de metrô e facilidade na locomoção.
Quando a visitamos, ficamos na Velha Montreal e acredito ser uma ótima localização.
O que fazer - Roteiro de 2 e 3 dias
Vieux-Montréal (Velha Montreal)
Essa é a parte antiga da cidade, onde foi a sua fundação, fica as margens do rio Saint Laurent e possui um dos portos mais antigos do nosso continente. Registros dos anos de 1600 já mostravam atividade comercial no local.
A região deve ser explorada toda a pé pois além de fácil é linda e merece toda a atenção.
Basílica de Notre Dame de Montreal
Inicie pela Basílica de Notre Dame que possui uma arquitetura muito bonita em estilo neogótico, datada de 1829. Essa igreja se diferencia da maioria pois possui alguns elementos “não-clássicos” como a abóboda pintada de azul e estrelas douradas, os vitrais que ao invés de retratarem passagens bíblicas contam a história cristã na cidade de Montreal.
A entrada custa $10, existe opção de visita guiada também. Outra atração que acontece no final de tarde é a Aura – um espetáculo de som e luz que realça as belezas da construção e conta a sua história – o preço do ingresso são $25.
Place d'Armes (Praça das Armas)
Bem na frente da Basílica fica a praça que até 1829 abrigava a antiga Igreja e foi palco de diversos encontros e manifestações. Possui uma estátua de um dos fundadores da cidade (na época chamada de Ville Marie) – Paul de Chomedey.
Place Jacques-Cartier e Prefeitura
Siga na Rua Notre-Dame em direção a prefeitura que fica a apenas 1 quadra e se encante com a grande Place Jacques-Cartier. Ela corta a quadra por completo e deixa um vão entre os prédios cheio de árvores, bancos e repleta de restaurantes e cafés. Antes de uma observada no lado contrário, nas costas da prefeitura.
Ali também há uma grande área aberta com uma boa visão do lado mais moderno da cidade.
Desça calmamente pela praça Jacques-Cartier, faça uma parada para um café ou para a tradicional Poutine canadense (uma batata frita com queijo e molho que é excelente).
Marché de Bonsecours
É um mercado público grande que fica há uma quadra da praça Jacques-Cartier, confesso que entramos com uma expectativa um pouco alta e nos frustramos pois os restaurantes não estavam abertos e o lugar bem vazio.
Vá para um passeio rápido e para apreciar a arquitetura do prédio que é bem bonito.
Porto Velho de Montreal - Roda-gigante, Parque Jean Drapeau e Biosphère
Atravesse a Rue de la Commune e você chegará na área revitalizada do porto da cidade, mais especificamente em frente à roda Gigante da cidade. Mesmo para quem não quer fazer a volta no brinquedo uma volta pelo local é indicada pois é muito agradável e bonito.
Enxergamos à frente, na ilha de Santa Helena, o parque Jean Drapeau, um enorme espaço verde com caminhos para bicicleta, quadra de esportes e o famoso museu Biosphère – o maior do continente americano dedicado à biosfera. Para quem tem mais tempo na cidade sugiro dedicar um dia a essa ilha para poder explorá-la e aproveitá-la bem.
Rue Saint-Paul
Após aproveitar esse tempo junto às margens do rio, retorne ao centro suba até a rua Saint-Paul e entre nela. Em conjunto com a praça das Armas é uma das localizações mais antigas da cidade.
Essa rua já foi o grande centro da antiga cidade e hoje em dia continua sendo muito viva, com diversos hotéis, restaurantes e lojas. Caminhe por ela para sentir esse gostinho de tempos medievais e se perca nas ruelas paralelas.
Downtown
É o centro financeiro e comercial da cidade e tem na rua Sainte Catherine a sua principal via.
O local possui construções mais modernas e constrasta bastante com a paisagem da cidade antiga.
Chinatown
Se você estiver hospedado na parte velha e o dia estiver bom, sugiro ir caminhando até o centro. Siga pela rua Saint Laurent, ao lado do palácio da justiça, atravesse a avenida pela ponte e caia direto na Chinatown de Montreal, é uma área pequena que pode ser explorada rapidamente somente para observar como a cidade é cosmopolita. Ali você pode comer deliciosos dumplings (experimentamos o do restaurante Mon Nan e recomendamos!).
Place des Arts
Suba duas quadras até a rua Sainte Catherine e inicie sua caminhada por ela. Uma quadra à frente, estará a belíssima Place des Arts, que fica situada no chamado Quartier des spectacles.
A praça abriga 6 salas de variados tamanhos e é o lar da Orquestra sinfônica de Montreal, Orquestra Metropolitana, da companhia de ballet (Les grands ballets canadiens), da Ópera de Montreal e mais recentemente do museu de arte contemporânea da cidade.
Todo esse complexo é divido em áreas com uma arquitetura muito bonita e interligadas pelo metrô e a sua cidade subterrânea – o RÉSO.
RÉSO - a cidade subterrânea
Devido ao tempo muito frio em boa parte do ano e com bastante neve, a cidade de Montreal se adaptou criando uma grande rede de interligações entre 6 estações de metrô com shoppings/ edifícios de escritório onde é possível fazer uma bela caminhada sem precisar colocar o “nariz para fora”.
A esse grande complexo foi dado o nome de RÉSO. As ligações podem ser subterrâneas ou não e ele é o maior complexo urbano fechado (subterrâneo) do mundo.
Essas ligações são na verdade túneis enormes que perfazem 32km de extensão e uma área de 12Km².
Confesso que quando estamos dentro desses túneis não temos a dimensão do que é esse complexo, ainda mais porque se misturam áreas subterrâneas com áreas normais mas sem dúvida para quem necessita transitar e viver num local com muito frio e intempéries facilita muito a vida.
Rue Sainte Catherine
Ao longo dessa rua você encontrará diversas lojas, marcas famosas tanto na parte de vestimentas quanto de tecnologia, escritórios de bancos e empresas famosas; porém o grande diferencial – principalmente gastronômico – é explorar as ruas perpendiculares entre ela e a Boulevard de Maisonneuve.
Destaque para a rue Peel, almoçamos no restaurante Ibérica (cozinha espanhola) e foi uma ótima experiência.
Logo após sair da Place des Arts você encontrará três igrejas: primeiro a St James, protestante; após a Catedral Christ Church, anglicana e por último a Catederal de Maria Rainha do Mundo, católica. Essa última fica na verdade há uma quadra no boulevard René-Lévesque.
Para quem gosta de comprar e/ou olhar as vitrines das marcas famosas elas se concentram na perpendicular Rue de la Montagne; não só por esse motivo, mas principalmente para a próxima atração que você irá, sugiro que suba essa rua até seu final – sim é uma boa caminhada com uma subida. Para os que preferirem, podem pegar um Uber ou o ônibus 107 (que passa na rue Peel).
Parque de Mont-Royal
O monte que leva o nome da cidade (Montréal – Mont/Real em francês mais antigo) é uma joia bem no centro. Ele fica há uma altura de 234 metros ( no seu ponto mais alto) e o parque possui uma área de 200 hectares de muito verde, paisagens deslumbrantes e muita paz.
Para acessar você pode subir por várias ruas porém a rua Peel é a que chega até os pés do morro e dá acesso por uma escada para a subida até o topo do monte.
Vá seguindo as trilhas em direção ao Miradouro, você passará pelas Grandes Escadas antes de chegar por lá. Pode ter certeza que a subida vale a pena, a vista é deslumbrante e o parque lá em cima é lindo.
Explore e tire fotos do miradouro depois siga a caminhada até o Lac aux Castors, um amplo gramado que fica ao redor de um lago. Um ótimo lugar para passar a tarde e terminar seu dia de passeio na cidade.
Para voltar a dica é colocar no app Citymapper a sua localização e o destino e ele vai oferecer a melhor maneira de você chegar.
Para os que possuem um terceiro dia na cidade acho válido conferir também:
Jardim Botânico municipal
É considerado um dos maiores do mundo, possui cerca de 22mil espécies de planta e o grande show fica pelos jardins temáticos e esculturas em plantas. Esses jardins ficam espalhados pelo local – são 20 no total – e contam com verdadeiras obras de arte feitas com os arbustos flores e árvores do local.
O valor da entrada é de $21 por pessoa.
Complexo Olímpico e Biodôme
O estádio construído para sediar os Jogos Olímpicos de 1976 fica na frente do Jardim botânico e além de contar a história desse evento também possui o Biodôme uma construção que mostra aos visitantes os 4 principais biomas das Américas; o valor da entrada é de $21 por pessoa.
No estádio é possível subir no topo e ter uma vista panorâmica da cidade.
Oratório de Saint Joseph
É a maior igreja do país e uma das maiores do mundo, além de ficar no ponto mais alto da cidade. Aliás, ele é uma das poucas construções que não cumprem a legislação municipal de que nenhum prédio (mesmo arranha-céus) podem ser mais altos que o Mont-Royal.
A pequena capela datada de 1904 que ficava no lugar continua lá e pode ser visitada, foi um pouco deslocada para dar lugar a enorme basílica que ser ergueu nos anos seguintes.
Arquitetonicamente o oratório foi designado como Renascentista e o interior como Art Decó já que os arquitetos da época estavam em crise com a estética clássica gótica, barroca ou neo-clássica dos templos habituais. Portanto, o local além de toda a sua imponência ainda quebra algumas expectativas de Igreja tradicional. Um dos grandes pontos da construção é o seu Domo, que é o maior do Canadá e um dos maiores do mundo.
Foi inspirado no domo da Catedral de Florença que tem como característica ser “em concha” ou seja, dois domos um sobre o outro com um espaço vazio no meio.
O oratório fica relativamente próximo ao Lago do parque Mont-Royal e dependendo da sua programação do dia e disposição podem ser visitados juntos.
Marché Jean-Talon (mercado)
Um mercado com muita comida fresca, temperos e muita tradição. O passeio é totalmente gastronômico e a ideia é ir beliscando a cada loja do mercado. A desvantagem é que ele fica um pouco mais afastado do circuito tradicional de turismo.
Aplicativos que facilitam a viagem
Já falei um pouco sobre esse app em outro posto e ele é um app de mapas voltado para quem anda de transporte público a desvantagem é que não são todas as cidades que são contempladas. (iOS / Android)
Outro app que funciona bem em Montreal é o Open Table que é um site que reúne diversas indicações de restaurantes com a possibilidade de reserva. (iOS / Android)
Nós conhecemos Montreal na nossa primeira viagem de Volta ao Mundo e dali seguimos para Tóquio, por isso não tivemos a oportunidade de conhecer todas as atrações que a cidade oferece, mas ficamos com muita vontade de voltar para desfrutar um pouco mais.
Deixe seu comentário sobre o que mais gosta ou gostaria de conhecer em Montreal.
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