Roteiro por regiões
Midtown
É inegável que a Times Square é um dos maiores símbolos dessa cidade – e também a área com maior concentração de pessoas! Dependendo do horário, caminhar por lá é uma tarefa cansativa.
Hospedar-se nessa região é agradável porque você vai acabar sempre passando por ali mas sem precisar dedicar um deslocamento excessivo para isso.
Essa área compreende as quadras da ruas 42 até 47 ao longo da Sétima avenida. Era uma importante área de comércio e devido aos seus letreiros luminosos e vizinhança com as maiores companhias de entretenimento do mundo se tornou um marco da cidade.
Ao longo dela você encontrará muitas lojas, restaurantes, vendedores ambulantes e MUITA luz. Algumas quadras de distância ficam as casas de espetáculo da Broadway outra super atração da cidade com seus teatros e musicais.
Comece pela rua 47 com a sétima avenida e desça em direção a rua 42. Siga em direção Leste até encontrar a Grand Central Terminal, a famosa estação de trem e metrô que é circundada pela Park Avenue. Entre na estação para conhecer pessoalmente o seu grande saguão, o seu famoso “não-tão-grande” relógio e a pintura do teto.
Logo ao lado você encontrará o Chrysler Building que é um dos primeiros arranha-céus da cidade e competiu com o Empire State pelo título de maior prédio, porém perdeu por alguns metros.
No caminho entre a estação e a quinta avenida você encontrará o Bryant Park, um parque belíssimo que tem em uma das suas pontas da Biblioteca Pública de Nova Iorque, tire um tempo compre um café em uma das barracas da praça e curta o local.
Para quem for na época de Natal ali funciona uma feira bem tradicional e um ringue de patinação no gelo é montado.
Suba pela quinta avenida – que é tradicionalmente uma das ruas mais luxuosas da cidade – e sinta-se a própria bonequinha de luxo ou a Carrie Bradshaw deslumbrada com a Big Apple!
Na altura da rua 48 você se deparará com o complexo do Rockefeller Center, é uma quadra cercada de construções tendo no centro uma praça que no inverno funciona outro famoso ringue de patinação e onde acendem a árvore de Natal.
Em um dos edifícios do complexo funciona o Top Of The Rock – mirante localizado no topo do prédio (259 metros de altura) – que oferece uma vista panorâmica da cidade em direção ao centro e do Central Park; pessoalmente entre subir nele ou no Empire State eu preferi o do Rockefeller Center (confira os preços aqui).
Ali próximo, na rua W 51 tem um restaurante chamado Bill’s Bar & Burger para quem quiser provar uma comida bem típica dos EUA.
Na esquina da 50 com a quinta avenida está a Catedral de São Patrício, uma igreja católica em estilo gótico que data de 1878 e contrasta com todos os arranha-céus modernos do seu entorno. A igreja é aberta a visitação e vale a visita.
Eu sempre considero um bom passeio caminhar pela quinta avenida até o seu final, no Central Park, à direita você encontrará a famosa loja da Apple e à esquerda o luxuoso hotel The Plaza.
Caso você queira conhecer e subir no Empire State organize a sua visita para ver no turno contrário do que você visitou o Top of the Rock (dia ou noite) para ter uma visão diferente da cidade. O edifício se encontra na rua 33 com a quinta avenida.
Se você tiver fôlego vale explorar a região do Flatiron Building (pegue a linha N,R ou W na estação 5av-59st em direção Downtown e desça na estação da rua 23) uma construção de 1902 que é peculiar devido a sua estrutura triangular. Após, desça algumas quadras até a Union Square que em alguns dias da semana possui feiras bem interessantes, ao lado da praça tem uma enorme loja da BestBuy para os amantes de eletrônicos.
Greenwich Village, Chelsea, Meatpacking District e High Line
Essas são regiões mais descoladas, jovens e universitárias da cidade, mas também possuem uma importância política muito grande. Foi no bar Stonewall Inn no Greenwich Village que se iniciou em 1959 a rebelião mais importante que levou o movimento LGBT a ter mais respeito, visibilidade e direitos do que tinha na época, sendo um marco lembrado até hoje e o início das marchas e paradas pela diversidade pelo mundo.
Comece o dia pela Praça Washington Square, que é cercada por edifícios da Universidade de Nova Iorque. Nela você encontra um arco do triunfo que é voltado para o início da quinta avenida.
À esquerda da praça vá se perdendo pelas ruas e admirando essa visual totalmente diferente dos arranha-céus do outro dia, aqui os prédios são baixos e as ruas muito arborizadas.
Vá em direção ao cruzamento da rua Washington com a Gansevoort, é quase na margem do rio Hudson. É ali que se inicia o High Line, um projeto de revitalização de uma área que era abandonada e marginalizada e que transformou uma antiga linha de trem em passarela e reacendeu todo comércio e vida do bairro.
Suba as escadas e delicie-se com a caminhada de cerca de 1,5 km a 10 metros de altura sobre NYC.
Existem várias entradas e saídas ao longo do parque porém sugiro conhecer o Chelsea Market, que é um grande centro de restaurantes diferentes que você tem acesso através de um corredor que fica entre a rua 15 e 16.
Explore o mercado e depois retorne ao High Line.
No final dos trilhos você chegará na mais nova atração da cidade o The Vessel, um projeto arquitetônico cheio de escadas em que você consegue ter uma ótima visão do rio Hudson e da cidade.
Ele faz parte do complexo do Hudson Yards e por ali também possui uma ampla gama de restaurantes e lojas.
Downtown
Esse dia será bem na ponta sul da ilha que é o chamado centro financeiro, onde os arranha-céus retornam à paisagem. Pegue a linha E do metrô e desça na estação World Trade Center.
Ali é onde fica o Memorial do 11 de setembro e o novo One World que também oferece um observatório no seu topo.
O Memorial é composto por duas grandes “piscinas” que foram construídas exatamente no local onde ficam as torres Norte e Sul do World Trade Center e em toda a borda estão entalhados na pedra o nome de todas as pessoas que morreram durante a tragédia.
No Museu que foi construído no subsolo dos escombros a história do ataque é recontada e vemos uma perspectiva muito pessoal de cada vítima e de cada família que perdeu um ente querido.
É, sem dúvida, um museu muito bem planejado e elaborado.
Após relembrar essa história e homenagear as vítimas, siga em direção a avenida Broadway, vire nela em direção ao sul que em 4-5 quadras você encontrará o famoso Touro de Wall Street, dependendo da sua superstição dê aquela esfregada no touro para garantir.
Dali, dependendo do seu cansaço você pode pegar a linha 4 ou 5 do metrô e descer na estação Brooklyn Bridge – City Hall, ou ir a pé. Ao Sair da estação você se deparará com a prefeitura e logo a frente a Ponte do Brooklyn.
Atravessar a ponte do Brooklyn a pé é um passeio muito agradável de ser feito, principalmente se estiver um dia ensolarado. Ao longo da ponte temos diversas paisagens da cidade e do seu entorno, além da ponte por si só ser um charme.
Ao chegar no final você estará no parque da ponte do Brooklyn, uma grande área verde com calçadas e muitos bancos. Logo ao lado encontramos a região do DUMBO, que é uma área em que diversas startups de tecnologia se situaram e também galerias de arte transformando a região em uma das mais caras da cidade.
Ali os antigos galpões de fábrica foram transformados em escritórios ou lofts cheios de estilo e personalidade.
Explore o bairro cheio de cafés, casas típicas e muita arte de rua.
Após pegue a linha A ou C do metrô em direção a Manhattan para retornar.
Estátua da Liberdade
Uma opção para esse dia é iniciar cedo pelo passeio da Estátua da Liberdade. Existe somente uma empresa que é autorizada a desembarcar na ilha – Statue Cruises – a saída do ferry é do Battery Park na ponta sul da ilha (estação South Ferry da linha 1 ou estação Bowling Green da linha 4 e 5). Logo na saída você verá placas indicando o local.
Compre os bilhetes com antecedência pois você precisará trocar o voucher pelo tíquete do dia.
Chegue por volta das 8-8h30 para poder estar pronto e na fila quando o barco das 9h sair. Por ser uma das atrações mais visitadas da cidade, a segurança é reforçada e a demora das filas pode ser longa.
Na hora de comprar os ingressos você escolhe se quer o acesso geral, subir no pedestal ou subir até a coroa e também deve escolher dia e horário da visita, chegando lá não é possível mudar o tipo de bilhete. Confira no site oficial da empresa.
Para quem quer ter a experiência de andar de barco e passar próximo a estátua – e ainda não pagar nada por isso – pode usar o State Island Ferry que é um transporte gratuito oferecido pela cidade para as pessoas que precisam fazer o trajeto Staten Island – Manhattan.
Do lado oposto ao Battery Park procure o State Island Ferry Terminal, entre e aguarda o barco que parte a cada 30 minutos. Na ida se posicione à direita para ver a Estátua. Desembarque, espere a liberação e entre novamente, porém dessa vez do lado esquerdo. Sem dúvidas não substitui conhecer de perto o monumento mas às vezes pode ser uma alternativa.
Após caminhe até a estação Whitehall street e pegue a linha W ou R sentindo uptown até a estação Prince Street. Ali inicie a descoberta pela região do SoHo.
SoHo, Little Italy e Chinatown
Essas regiões são típicas e redutos culturais muito importantes da cidade.
O SoHo é um bairro de artistas e onde a vida cultural como um todo ferve em todo o lugar. A abreviação se refere a SOuth of HOuston (ao sul da rua Houston), que é a avenida que corta a ilha de leste a oeste. Pela região podemos observar prédios baixos e as famosas escadas de incêndio por fora dos prédios – cenários marcantes de diversos filmes.
Após desembarcar na estação Prince st vá descendo em direção rua Canal e aproveitando para descobrir as ruas paralelas do bairro.
Little Italy como percebemos pelo nome é onde estão concentradas uma parte da imigração italiana da cidade e ótimos restaurantes especializados.
Visitar Chinatown é como se transferir, pelo menos um pouco, para um cenário muito diferente do que visto ao redor da cidade. Construções típicas chinesas, placas em mandarim e muita gente na rua completam a paisagem. Com certeza vale a visita.
O bairro fica em torno do cruzamento da rua Canal com a avenida Bowery, ao chegar ali você encontrará o Arco da Manhattan Bridge , descendo um pouco mais pela Bowery chegará na Kimlau Square, caminhe pelas ruas internas (Mott e Mosco) até o Columbus Park, se encontrar Fried Dumpling e um pouco de fritura for a sua vontade, vá com tudo!
Central Park
Uma área retangular, planejada e situada no meio da ilha de Manhattan, sem dúvida é uma joia no meio da selva de pedra. Possui uma área de 3.400 m² e foi inaugurado em 1857, após os governantes da cidade perceberam que a expansão da população estava crescendo muito e a demanda por locais abertos e públicos também aumentava.
O parque se localiza entre a rua 59 e 110 e entre a quinta e oitava avenida.
O parque conta com diversas atrações e locais para visitar, vou destacar os que acho mais bonitos e que conseguem captar toda a atmosfera desse lugar.
Inicie pela entrada da Quinta Avenida e siga até o Wollman Rinque – que dependendo da época do ano possui um rinque de patinação ou área de lazer infantil.
Siga em direção ao Carrossel e até chegar na Fonte Bethesda, um clássico local do parque, cenário de muitos filmes e séries. À esquerda da fonte, quase chegando na oitava avenida fica o Strawberry fields com o famoso mosaico em homenagem à John Lennon.
À direita da fonte você chega no delicioso Loeb Boathouse, um restaurante muito agradável para um lanche ou almoço.
Mais frente do lado direito você começará a avistar o Metropolitan Museum (o MET), para mim um dos mais incríveis da cidade e um pouco mais a frente o famoso lago Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir.
Esse trajeto tem em torno de 2,5 a 3 km e como será percorrido com calma e apreciando o parque pode levar bastante tempo.
O parque possui dois principais museus que podem ser visitados nesse dia: o Metropolitan que fica na altura da rua 79 na quinta avenida e o Museu de História Natural que fica na altura da mesma rua porém na oitava avenida.
Museus
Nova Iorque possui muitos museus e sobre todos os tipos de assuntos. Minha ideia é listar os principais para que através do seu interesse pelo acervo e disponibilidade de tempo você encaixe nos passeios descrito acima.
Sempre gosto de lembrar que visitar um lugar não é fazer um checklist de todas as atrações possíveis e não é obrigatório entrar em todos os museus pois senão não seremos tão “cult”. Visitar um museu só tem sentido quando você consegue aproveitar para aprender algo novo ou fazer uma imersão em algo que já goste. Senão vira somente uma frustração e perda de tempo.
- Museu de Arte Moderna – MoMa
- Museu Solomon Guggenheim
- Metropolitan Museum – MET (e MET Cloisters)
- Museu de História Natural e Planetário
- Museu do Memorial de 11 de setembro
- Museu da Cidade de Nova Iorque
- Museu Whitney de arte americana
